sexta-feira, 15 de abril de 2011

Feliz Centésimo Vigésimo Segundo Aniversário!

Quando já nos é distante a ideia de um filme mudo, resta congratular quem, nos primórdios da sétima arte, conseguiu encher-nos de alegrias e tristezas sem dizer uma única palavra. Parabéns Charles Chaplin.
Guardámos até hoje a figura de Charlot, personagem que mais marcou a passagem de Chaplin pelo cinema. Quem pode esquecer aquele vagabundo dotado de maneiras bem ao estilo de um verdadeiro gentleman? Quem não se lembra do bigodinho de broxa, do paletó preto, do chapéu em forma de coco, ou até mesmo da bengala rodopiante? Talvez não se saiba tão bem que por trás de toda aquela a mímica exagerada bem como  da  famosa comédia pastelão estava o trabalho de um génio multifacetado. Um actor sim; mas também um director, um guionista e um compositor. Peguemos neste último traço de Sir Charles Chaplin.
Pouco antes da hegemonia do cinema "falado", Chaplin escreveu e realizou um dos filmes mais badalados de todos os tempos, Modern Times (1936), em que Charlot tenta sobreviver aos tempos da industrialização e das profundas alterações no campo do trabalho e da vida social que estes implicaram. A música, como em todos os filmes de sua autoria é um marco na história do cinema. Também ela faz parte do patético da situação, desde o esgotamento nervoso de Charlot, operário fabril em condições precárias, à sua tentativa  de reinserção na sociedade, depois da saída do hospício. Todos estes momentos são pois acompanhados por sons inesquecíveis, que, à semelhança da arte de fazer dispensar a voz e ainda assim criar sentimentos, podiam perfeitamente dispensar a imagem e conseguirem na mesma contar uma autêntica história de comédia.

The Nonsense Song de Charles Chaplin


PUBLICADO POR JOÃO BARROSO

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